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Da sala de aula aos laboratórios: Itaipu Parquetec onde teoria e prática impulsionam a formação dos estudantes

O ecossistema que conecta mais de 6 mil estudantes a inovação em Foz do Iguaçu; Alunos destacam benefícios de estarem inseridos nesse espaço

06/11/2024 às 11h16
Por: nelio
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Foto: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec
Foto: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec

Proporcionar um ambiente que integre a comunidade acadêmica, startups, poder público e a sociedade, com a oportunidade de acesso a laboratórios de pesquisa para o desenvolvimento de soluções e amadurecimento de ideias. Assim é o ecossistema do Itaipu Parquetec, em Foz do Iguaçu. Um local onde mais de 6 mil estudantes conectados encontram espaço para criar e inovar. São quatro Instituições de Ensino que contribuem com a formação de capital intelectual. Elas oferecem, ao todo, mais de 30 cursos de graduação, 25 de pós-graduação, além das especializações, mestrados e doutorados. 

Essa conexão entre os estudantes e o Itaipu Parquetec é essencial para a formação acadêmica e para o desenvolvimento de competências práticas e alinhadas com as demandas do mercado. Esse contato direto permite que os estudantes ampliem suas habilidades que vão muito além de termos técnicos, mas também em áreas estratégicas como inovação, sustentabilidade e empreendedorismo. 

É no Parque Tecnológico que eles encontram um ambiente que estimula a criação de soluções para desafios reais da sociedade, fundamental para o desenvolvimento de suas carreiras e para a consolidação do aprendizado adquirido em sala de aula. Uma interação que abre portas para networking e prepara os alunos para se destacarem no mercado, impulsionando o desenvolvimento regional ao mesmo tempo em que promove o impacto direto na comunidade. 

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), é uma das Instituições de Ensino presentes nesse ecossistema. Foi no Itaipu Parquetec,  que a universidade iniciou suas atividades acadêmicas, em 16 de agosto de 2010. Na ocasião, a UNILA já tinha cerca de 200 alunos oriundos do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, subdivididos em seis cursos de graduação.  

Atualmente a instituição já conta com 29 cursos de graduação e mais de 4 mil alunos. Além das aulas no Itaipu Parquetec, a universidade desenvolve suas atividades no Campus Integração e em mais outras três unidades. No Parque Tecnológico são ministradas as disciplinas dos cursos de engenharia de energia, engenharia química, engenharia civil, engenharia física, arquitetura, geografias (licenciatura e bacharelado), matemática e ciências da natureza.   

A aluna de engenharia química, Victoria Montejano, natural de Mogi Guaçu (SP), tinha como ideia inicial cursar engenharia de controle e automação, mas ao conhecer a UNILA, por meio de um amigo, gostou da proposta da universidade. Ela uniu o interesse que possuía nos temas de tecnologia e meio ambiente e decidiu se matricular no curso de engenharia química. “No curso temos várias matérias, tanto a parte de engenharia química mesmo, quanto matemática. Também temos a possibilidade de participar de projetos com a Itaipu Parquetec”, contou.  

Além de estar no ambiente do Parque Tecnológico para frequentar as aulas de graduação, Victoria conheceu por intermédio de uma professora, as oportunidades de pesquisa proporcionadas por esse ecossistema. Ela se inscreveu em uma vaga de bolsista modalidade iniciação científica, foi selecionada e atualmente contribui com as pesquisas do Projeto Micropoluentes, um convênio tripartite entre a Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e a UNILA. “Eu faço parte do projeto Micropoluentes, no qual eu não esperava que ia ser tão bacana quanto é", disse.  

Aprendizado na prática

O ambiente dos laboratórios já fazia parte da vivência da estudante desde cedo, a avó foi proprietária de uma farmácia de manipulação e a mãe farmacêutica. Victoria contou que ficou impressionada ao conhecer a equipe de profissionais envolvidos na supervisão do projeto e a estrutura disponível. “Eu nunca tinha visto uma cromatografia — técnica de separação de misturas e identificação dos seus componentes — tão eficiente. Porque geralmente, ao fazer uma análise em algum lugar, você leva as amostras e terá o técnico que vai manusear o equipamento, fazer a análise e entregar o resultado, já no projeto temos a oportunidade de aprender como funcionam os equipamentos, desde a coleta, preparo das amostras e análise, agregando conhecimento”, destacou.   

Ela pontuou sobre como essa experiência com o Itaipu Parquetec está sendo positiva para a sua trajetória acadêmica e profissional. “Colocando a mão na massa conseguimos entender melhor o que está acontecendo, nos preparando para o mercado de trabalho. As supervisoras estão sempre instruindo a gente como fazer as coisas, demonstram como tem que ser feito e possibilitam que a gente faça, então tem muito essa parte da confiança. Aprendemos de fato", contou a aluna. 

Profissionais do futuro

Para Victoria, é muito bacana e construtivo poder fazer parte de um projeto como esse. “Poder participar nos laboratórios, estar ao lado o Itaipu Parquetec, nos traz conhecimento, uma relevância que faz total diferença na nossa vida. Estar próximo, aproveitar as oportunidades e juntar elas com a graduação, porque vai agregar completamente para as pessoas que seremos no futuro”, ressaltou. 

Para a professora de Química da UNILA, Gilcelia Cordeiro, o papel do Itaipu Parquetec é fundamental na formação de estudantes. “É de extrema relevância os projetos que são desenvolvidos, principalmente na formação profissional dos nossos estudantes. Eles têm a oportunidade de fazer a iniciação científica e as pesquisas no mesmo local onde ocorrem as atividades de ensino. Essa participação mostra a relevância para a nossa comunidade, formando cada vez mais profissionais qualificados para o mercado de trabalho", assegurou a docente.  

Práticas de campo e laboratório

Rodrigo Salavaldez, 21 anos, veio de Lima (Peru) até Foz do Iguaçu para cursar engenharia civil na UNILA. Ele conheceu a universidade a partir de contatos com familiares. Certo conhecimento na área e a proximidade com o pai, que atua como pedreiro em sua cidade natal, influenciaram o estudante a optar pela escolha do curso. Rodrigo relembra que quando iniciou a graduação, há cerca de três anos, o seu primeiro contato com o Itaipu Parquetec foi conhecer as salas de aulas do Bloco 09, espaço que serviu de alojamento para os operários que trabalharam na época da construção da barragem da Usina de Itaipu.  

“Todas as matérias do curso são no Itaipu Parquetec. Com a UNILA utilizamos os espaços, por exemplo, para as atividades de topografia, com as medições em campo, perímetro e as práticas de laboratório”, contou. Para ele, estar no ecossistema do Parque Tecnológico possibilita aplicar na prática o que está sendo aprendido em sala de aula. “O ambiente o Itaipu Parquetec é muito legal, o laboratório de concreto e topografia. Aproveitamos os espaços e os equipamentos, muitos implementos para conhecer, usar e ajudar na formação profissional”, certificou Rodrigo.  

Para o aluno de engenharia de energia, Michael Alexis Gutierrez, o Itaipu Parquetec conta com ferramentas que são complementares ao que a universidade desenvolve. “Principalmente muitos laboratórios, especialmente o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias, que tem feito com que esse laço entre o Parque Tecnológico e a universidade seja bastante importante. Estar a par disso é algo muito positivo”, declarou.  

Vindo do Chile, Michael, contou que conheceu a UNILA em uma publicação de uma rede social que tratava sobre a recepção de novos alunos. Ele se interessou pelo curso, se inscreveu e recebeu a aprovação. No decorrer da graduação, o estudante também teve a oportunidade de atuar como bolsista na área de Tecnologias Aplicadas do Itaipu Parquetec, entre 2022 e 2023. “Tive a oportunidade de trabalhar em um laboratório de eletrônica bastante completo, com equipamentos com os quais eu ainda não havia atuado na minha formação, sob a supervisão de engenheiros já formados, que me passaram bastante conhecimento e me ensinaram muito”, afirmou. Para ele, participar das iniciativas promovidas pelo Itaipu Parquetec agrega a experiência profissional. “O parque realiza atividades bastante atrativas, workshops, cursos e palestras, que enriquecem muito o currículo dos alunos e oferecem oportunidades para a comunidade em geral, complementou Michael.  

Desafios do futuro

De acordo com o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Professor Irineu Colombo, o Parque Tecnológico é reconhecido como um ambiente onde a teoria encontra a prática, onde os estudantes podem explorar, aprender e criar e se prepararem para os desafios do futuro. “Promovemos um ecossistema de inovação único, que conecta ao que há de mais avançado em tecnologia e inovação. A integração de universidades, empresas, universidades, poder público e a sociedade cria um espaço vibrante, onde o aprendizado é vivido no dia a dia”, comentou.  

Segundo Colombo, ao proporcionar um ambiente que une a pesquisa aplicada e o desenvolvimento de soluções, os estudantes são incentivados a desenvolverem habilidades estratégicas. “Ver os alunos aproveitando as oportunidades oferecidas pelo Parque, tanto no campo de pesquisa quanto nas práticas de laboratório, reforça a nossa missão de transformar conhecimento e inovação em bem-estar social. Continuaremos dedicando esforços para que essa integração entre o acadêmico e o profissional siga sendo uma fonte de progresso e inovação para Foz do Iguaçu e para toda a região”, finalizou o diretor superintendente. 

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