Foz do Iguaçu não é para amadores. Essa frase já marcada na boca do povo é muito afirmada quando o assunto é politica na fronteira. Novamente, a treta tomou as redes sociais devido a uma denúncia que foi protocolada na Câmara Municipal que pede a cassação dos vereadores Paulo Debrito (Presidente), e Cabo Cassol. Nela, o denunciante Anderson Gregório, afirma que tanto o presidente do legislativo, como o vereador Cassol, devem ser cassados por terem violado os princípios da legislação quando teriam de certa forma feito “vistas grossas”, em relação a um assessor parlamentar no gabinete do Cassol.
Curiosamente lendo a denuncia, no final dela vemos a assinatura como testemunha do ex vereador Marcio Rosa. Ele seria o primeiro suplente na linha de corte e é também do mesmo partido dos citados na denuncia, o PL.
Vamos lembrar também, que o mesmo vereador nas eleições de 2020, também não havia sido eleito diretamente e assim como agora, também era suplente. Foi então que em um processo impetrado por ele em conjunto com outro ex candidato, caçou toda a chapa do antigo PSC, onde o vereador a época Maninho de Souza teve que deixar a Câmara. Márcio então assumiu a cadeira e ficou até o final de 2024.
O que causa estranheza nesta denúncia agora, é que o mesmo assessor denunciado de apresentar documentos falsos como por exemplo o certificado de escolaridade, também foi assessor do próprio vereador Cabo Cassol durante 4 anos de legislatura e boa parte deles inclusive tendo o ex vereador e agora testemunha Marcio Rosa como membro da Casa. A pergunta é: Marcio Rosa não teria percebido essa “irregularidade”? Porque apenas agora ele como testemunha assina a denuncia de um outro cidadão, supostamente interessado em fazer Justiça? Teria ele então prevaricado e não denunciado o tal “esquema” quando vereador de fato e deixado de apurar a “irregularidade” que deveria ser sua obrigação legal como Edil na Casa de Leis?
O processo está sendo apurado pela Câmara e novos desdobramentos serão informados aqui. Mas conhecendo o “modus operandi” dessa turma, caso não dê nada no legislativo, fatalmente deverá ser peça de analise na Justiça. Afinal, nestes casos, o tapetão é maior que pensamos. Afinal se demorar não tem problema, porque para quem não tem nada hoje, ter algo pela metade, neste caso um mandato, já ajuda né.
Voltamos a afirmar a frase máxima na fronteira: Foz realmente não é para amadores.